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12. Princípio da interiorização

Entendendo que a autotransformação é o caminho para a nossa felicidade, estabelecemos contato com o nosso deus interno, buscando pensar e viver como ​espírito1, como almas.

O modo de pensar e de viver para fora, resquício das fases anteriores do nosso processo evolutivo, levou-nos à dependência do hábito milenar de sempre recorrer ao que está fora de nós, mesmo que seja para resolver nossas dificuldades internas (emocionais ou sentimentais).

Essa dependência de recursos exteriores, à qual denominamos dependência espiritual, impulsiona-nos às drogas e a todo tipo de vícios, leva-nos a focar no outro ao invés de centrarmos em nós mesmos, dificultando a assunção da responsabilidade pelas nossas decisões. Reforça o viver para fora, tornando-nos meros espectadores da vida, inviabilizando o autoconhecimento e a autotransformação, retardando a nossa elevação espiritual.

Portanto, o modo de pensar e viver para fora é a origem da dependência espiritual e, em consequência, de todas as dependências materiais, emocionais, afetivas etc.

Ora, sabendo que temos dentro de nós, em nossa alma, a solução para todos os nossos problemas; que em nossa alma está a matriz de todas as virtudes e de todas as habilidades para a solução das nossas dificuldades e para a evolução espiritual, entendemos que esse mecanismo de buscar fora os recursos para resolver as nossas dificuldades internas é o grande obstáculo para nos conectarmos a essa sabedoria interior, a esse nosso “deus interno” e, consequentemente, à divindade.

Por este motivo concentramos toda nossa força em reverter o modo de pensar e viver para fora através da interiorização, ou seja, estabelecendo conexão com a nossa alma, visando a superação dos valores materialistas acumulados vidas afora e que nos impedem de viver e pensar como espíritos. A meditação, a oração, o hábito da autorreflexão e da autocrítica são instrumentos importantes que usamos visando a interiorização.

1 A palavra espíritos com a letra “e” minúscula tem o significado de princípio inteligente, alma. (KARDEC, O Livro dos Espíritos, questão 25 a) Leia também a questão 76 a.

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